Licitação
Smed avalia licitar de novo a limpeza das escolas
Ideia seria realizar duas concorrências públicas para contratar duas empresas e cada uma atender parte dos educandários
O secretário de Educação, Arthur Correa, analisa a possibilidade de licitar novamente os serviços de limpeza e manutenção das escolas municipais. A ideia seria dividir as instituições de ensino em dois grupos, atendidos por duas empresas diferentes, para evitar que todos os contratados sejam prejudicados a cada atraso no pagamento ou no repasse de vale-transporte e vale-refeição.
A vencedora da última licitação é a Labor, de Porto Alegre, que presta serviços à prefeitura há um ano e dois meses, e foi notificada nesta quinta-feira (28) pela terceira vez, por atraso na entrega dos vales. Com relação ao pagamento salarial, Correa assume que foi feito um dia depois do quinto útil devido a erro na rubrica, por parte da prefeitura. Em consequência, os terceirizados receberam com um dia de atraso.
Uma servente que prefere não se identificar conta que há uma semana tem ido a pé para o trabalho, em uma escola no Fragata, por falta de vale-transporte. Leva 40 minutos de caminhada para chegar. Os salários, segundo ela, foram depositados entre os dias 13 e 14. O supervisor da Labor em Pelotas, Lovaglio Madruga Rodrigues, confirma os atrasos, mas não o número de dias. “O salário atrasou um dia e não foi por culpa nossa”, salienta.
Já o vale-transporte e o vale-refeição seriam repassados ainda nesta quinta e dois dias após a data-limite, visto que a distribuição é quinzenal, disse. A morosidade é justificada por problema ocorrido nas planilhas em Porto Alegre, na sede da empresa. “O salário nunca atrasou, mas o pessoal já vem de outras empresas que não pagavam em dia e fica com medo”, comenta.
Todos os trabalhadores contratados pela Labor são de Pelotas e a maioria já prestava serviços à vencedora da licitação anterior. Segundo Rodrigues, têm funcionários que atuaram por vários anos em uma empresa que não efetuou os depósitos relativos a INSS e FGTS, por isso ficam temerosos. “Com a crise que está por aí, graças a Deus a gente tem conseguido manter os salários. Claro, não é o certo atrasar, mas foram só dois ou três dias”, afirma o supervisor da Labor, que presta serviços para diversos municípios do Rio Grande do Sul, inclusive para a Corsan.
Números
> 90 escolas municipais
> 326 trabalhadores contratados pela Labor, entre serventes, auxiliares de manutenção e serviços gerais
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